Bolsonaro solicita autorização para receber barbeiro pessoal em prisão domiciliar

Pedido ao STF destaca que atendimento ocorrerá apenas para serviços de barbearia, respeitando restrições impostas pelo tribunal

Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro solicitou nesta quarta-feira (8) ao ministro do STF Alexandre de Moraes autorização para receber seu barbeiro pessoal na residência em que cumpre prisão domiciliar, em Brasília, desde agosto.

Segundo o documento apresentado, o profissional é considerado “de confiança” e o atendimento “ocorrerá exclusivamente para prestação de serviços de barbearia, observando-se integralmente as restrições impostas pelo Supremo Tribunal Federal”.

Esta não é a primeira visita solicitada pelo ex-presidente. No fim de setembro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), esteve com Bolsonaro. No mesmo mês, Moraes autorizou visitas do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e do deputado federal Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). Além de políticos, Bolsonaro pode receber médicos e seus filhos.

Prisão domiciliar

Bolsonaro cumpre prisão domiciliar no âmbito de um processo que investiga coação, obstrução de investigações e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, envolvendo também seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e o jornalista Paulo Figueredo.

Em 17 de julho, a Justiça determinou uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e integral nos fins de semana, além de restrições quanto a viagens, contato com autoridades estrangeiras, outros investigados e uso de redes sociais. No dia 21 de julho, o Supremo referendou as medidas, proibindo também qualquer veiculação indireta em redes sociais, incluindo publicações feitas por terceiros.

Apesar das determinações, Bolsonaro divulgou imagens da tornozeleira e realizou declarações públicas. Em 3 de agosto, aliados publicaram vídeos e ligações telefônicas em que o ex-presidente discursava em manifestações, com símbolos estrangeiros e apoio a tarifas contra o Brasil, interpretados como tentativa de interferência no Judiciário.

Diante dessas violações sucessivas, Moraes determinou prisão domiciliar integral, com proibição de visitas sem autorização formal, uso de dispositivos eletrônicos e comunicação com investigados ou autoridades estrangeiras. A decisão prevê prisão preventiva imediata em caso de nova infração.

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