Morte de advogado criminalista é registrada após luta corporal com assaltante

Imagens de câmeras de segurança mostram agressões a Luiz Fernando Pacheco; caso é investigado pelo 4º DP como possível latrocínio

Reprodução - Record

O advogado criminalista Luiz Fernando Sá e Souza Pacheco, de 51 anos, foi encontrado morto na manhã desta quinta-feira (2), em Higienópolis, região central de São Paulo, após ter sido vítima de um assalto, segundo mostram imagens de câmeras de segurança.

Nos vídeos, é possível ver um homem segurando algo nas mãos do advogado enquanto ele tenta resistir. Uma mulher acompanha a ação, mas não é possível afirmar se ela estava envolvida com o agressor. Outros registros mostram Pacheco saindo de um restaurante e, pouco depois, parado na calçada antes de ser abordado pelos suspeitos.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), policiais militares foram acionados para atender uma ocorrência. No local, uma testemunha relatou que Pacheco havia passado mal na rua, apresentando dificuldades para respirar. Ele foi socorrido pelo Samu e levado ao Pronto-Socorro da Santa Casa, mas não resistiu.

O caso está sob investigação do 4º Distrito Policial (Consolação), que apura a dinâmica da ocorrência e a possibilidade de latrocínio. Como o advogado estava sem documentos, familiares registraram inicialmente um boletim de ocorrência de desaparecimento antes de terem conhecimento da morte. A SSP ainda não classificou oficialmente o caso como latrocínio.

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Carreira e atuações

Luiz Fernando Pacheco era conhecido por sua atuação no caso do Mensalão, defendendo o então deputado José Genoino (PT-SP). Ele também foi sócio-fundador do Prerrogativas, grupo de juristas pró-PT, conselheiro da OAB-SP e do Conselho Federal da OAB, além de membro do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD).

“O advogado tinha 30 anos de carreira. Presidiu a comissão de prerrogativas da OAB-SP e sempre trabalhou de maneira muito aguerrida na defesa de direitos e prerrogativas do cidadão”, afirmou o presidente da OAB-SP, Leonardo Sica, que decretou três dias de luto na entidade.

Segundo Sica, a Ordem foi informada do desaparecimento de Pacheco na noite de quarta-feira (1º), após o advogado não responder ligações ou mensagens. O coordenador do Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho, destacou que Pacheco era “um advogado combativo, solidário e generoso” e afirmou que o grupo acompanhará as investigações, preparando homenagens ao colega.

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