Justiça impõe tornozeleira eletrônica a produtor Waltinho após suspeita de agressão e ameaças à ex

A Justiça de Cuiabá determinou que o policial civil e produtor de eventos Walter Luís da Silva Matos, conhecido como “Waltinho Produções”, passe a usar tornozeleira eletrônica e seja acompanhado pela Patrulha Maria da Penha, após novas denúncias de agressão e ameaças contra a ex-namorada, a dançarina Thayane Moura, de 27 anos.

A decisão foi proferida pela 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e prevê ainda o uso do botão do pânico pela vítima. O juiz, no entanto, negou o pedido de prisão preventiva apresentado pela delegada responsável pela investigação. O processo corre sob sigilo.

De acordo com informações apuradas, o magistrado entendeu que não havia elementos suficientes para decretar a prisão de Walter, mas considerou necessário o monitoramento eletrônico e outras medidas cautelares para garantir a segurança da vítima.

Com a decisão, o produtor fica proibido de se aproximar ou manter contato com Thayane Moura, devendo cumprir rigorosamente as determinações judiciais, sob pena de prisão. O advogado do produtor confirmou a decisão e afirmou que a defesa pretende recorrer.

Caso recente

O episódio mais recente envolvendo o casal ocorreu na manhã da última sexta-feira (10), em Cuiabá, e foi registrado em vídeo. Nas imagens, Thayane aparece tentando tomar a arma de Walter e, em seguida, o atinge com uma pedra na cabeça. Ele ficou ferido e precisou de atendimento médico.

A defesa do produtor afirma que a confusão começou após a ex-namorada furtar um cordão de ouro e que ele apenas se defendeu. Já Thayane sustenta que foi agredida dentro de casa, depois de receber mensagens ameaçadoras do ex-namorado.

Segundo a dançarina, ela tentou filmar as agressões, mas foi impedida por pessoas que acompanhavam o produtor.

Apresentação à polícia

Walter se apresentou voluntariamente à Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM) no sábado (11), onde negou as acusações e entregou vídeos e testemunhos que, segundo ele, comprovam que foi vítima de agressão.

O caso segue sob investigação e está sob sigilo judicial.