Réus da “Chacina de Aripuanã” são condenados a mais de 68 anos de prisão

Jânio Domingos de Brito e Jacó Nascimento de Melo responderão por homicídio qualificado e sequestro; cumprimento da pena será em regime fechado.

Foram mortos Elzilene Tavares Viana, de 41 anos, conhecida como Babalu, o filho dela, Luiz Felipe Viana Antônio da Silva, de 19 anos, o marido dela, Leôncio José Gomes, de 40 anos — Foto: Arquivo pessoal

Jânio Domingos de Brito e Jacó Nascimento de Melo foram condenados a 68 anos, quatro meses e 10 dias de reclusão, cada um, pelos crimes de homicídio qualificado contra quatro vítimas e sequestro e cárcere privado contra cinco pessoas. A decisão foi tomada pelo Tribunal do Júri da comarca de Aripuanã, no julgamento que começou na segunda-feira (13) e terminou nesta quarta-feira (15), às 10h.

Segundo a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso, os crimes ocorreram em novembro de 2020, em uma estrada rural próxima ao garimpo da serra. Os réus, junto a Josué do Nascimento Melo e Gedeon Ribeiro Menezes, teriam sido contratados por Leandro Ribeiro Mendes para executar Elzilene Tavares Viana, conhecida como “Babalu”, e seu companheiro Leôncio José Gomes, o “Malhado”.

Na manhã do crime, os executores posicionaram uma caminhonete na entrada do garimpo. Quando o casal chegou, acompanhado de Luiz Felipe Viana Antônio da Silva, filho de Elzilene, e do casal Jonas dos Santos e Laurilene Vieira Viana, foram cercados por homens armados que se identificaram falsamente como policiais e alegaram levá-los à delegacia.

As vítimas foram algemadas, divididas em dois veículos e levadas até uma estrada isolada, em direção ao distrito de Tutilândia. No local, Elzilene, Leôncio, Luiz Felipe e Jonas foram obrigados a entrar na mata e foram mortos com disparos de arma de fogo. Laurilene, grávida de quatro meses, foi poupada após súplicas de seu companheiro.

Após o crime, a caminhonete utilizada na emboscada foi incendiada na tentativa de dificultar as investigações. Ainda conforme a denúncia, o mandante Leandro Ribeiro Mendes foi assassinado em setembro de 2023, enquanto os comparsas Gedeon Ribeiro Menezes e Josué do Nascimento Melo também foram mortos, em fevereiro de 2022 e 2021, respectivamente.

O Conselho de Sentença reconheceu a materialidade e autoria dos crimes atribuídos aos réus, assim como as qualificadoras de meio cruel e emboscada. Ambos iniciarão o cumprimento da pena em regime fechado, sem possibilidade de recorrer em liberdade. O promotor de Justiça responsável pelo júri foi William Johnny Chae.

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