Mais de 67 mil mortos marcam o fim da guerra em Gaza, incluindo crianças e mulheres

Conflito deixa mais de 67 mil mortos e quase 57 mil feridos; acordo foi mediado por Catar, Egito, Estados Unidos e Turquia

Hassan Jedi/Anadolu via Getty Images

Após dois anos de confrontos, Israel e Hamas assinaram um acordo de cessar-fogo que encerra a guerra na Faixa de Gaza. Segundo o Ministério da Saúde da Palestina, o conflito deixou 67.211 mortos desde o início da ofensiva, em 7 de outubro de 2023, e cerca de 57 mil feridos.

Entre os mortos, quase 5 mil eram crianças, cerca de 10 mil eram mulheres e mais de 20 mil homens. Além das vítimas de ataques diretos, 461 palestinos morreram por desnutrição, incluindo 188 crianças, consequência do bloqueio à entrada de ajuda humanitária em Gaza. Cerca de 19% das crianças menores de 5 anos na Cidade de Gaza apresentaram casos de desnutrição.

O cessar-fogo foi mediado pelo Catar, Egito, Estados Unidos e Turquia, e anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Milhares de palestinos retornaram à Faixa de Gaza na última sexta-feira (10), após a medida entrar em vigor pela manhã.

Apesar do anúncio do fim das hostilidades, o ministério palestino informou que, entre quinta-feira (9) e sexta-feira (10), 17 pessoas morreram e 71 ficaram feridas em ataques israelenses, incluindo ações relacionadas ao bloqueio humanitário.

O acordo prevê uma primeira fase que inclui cessar-fogo imediato, retirada gradual das Forças de Defesa de Israel (IDF) e o fim do bloqueio à entrada de ajuda humanitária no território. Analistas, porém, lembram que cessar-fogos anteriores, como o de novembro de 2023, foram descumpridos.

João Miragaya, mestre em história pela Universidade de Tel-Aviv e assessor do Instituto Brasil-Israel, afirmou ao Metrópoles que as chances de retomada da guerra são “muito pequenas”. Entre os motivos estão a decisão do Hamas de liberar todos os sequestrados vivos rapidamente, garantias de diversas fontes sobre o cumprimento do cessar-fogo e a pressão de países aliados do Oriente Médio sobre os Estados Unidos para evitar um novo conflito.

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