A Delegacia de Apiacás prendeu em flagrante, nesta terça-feira (23), o padrasto e a mãe de uma criança de sete anos que foi vítima de tortura como forma de castigo por ter feito xixi na cama. O caso, que chocou a região, expõe a crueldade de um castigo desmedido e a negligência de quem deveria proteger a criança.
O registro de ocorrência foi feito pelo Conselho Tutelar de Apiacás na segunda-feira (22), após a criança dar entrada no hospital municipal com ferimentos graves na área genital. O padrasto, pastor de uma igreja evangélica na cidade, teria amarrado o órgão genital da criança com um barbante durante três dias como forma de punição, enquanto a mãe estava ciente dos abusos e não tomou medidas para proteger seu filho.
A gravidade dos ferimentos levou a criança a ser transferida para um hospital em Alta Floresta, onde corre o risco de ter que passar por uma amputação. O caso gerou indignação na comunidade, levando à prisão imediata dos responsáveis.
A mãe da criança foi detida em flagrante e encaminhada à delegacia, enquanto o padrasto foi preso em Alta Floresta. Ambos enfrentarão acusações de tortura mediante castigo, um crime grave com pena que pode chegar a oito anos de prisão.
A delegada Paula Meira Barbosa enfatizou a gravidade do caso e a necessidade de garantir a segurança e proteção das crianças. Este episódio cruel ressalta a importância de conscientizar a sociedade sobre a prevenção e o combate a qualquer forma de violência infantil.