A urna eletrônica, um dos elementos mais importantes e inovadores do sistema eleitoral brasileiro, teve suas origens nos anos 90, com o desenvolvimento de um protótipo liderado por Luiz Roberto da Fonseca, então secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT). Fonseca, um servidor público mato-grossense, foi cedido de outro órgão para o TRE-MT e, com o auxílio de outros funcionários da Justiça Eleitoral, criou o primeiro modelo do equipamento que revolucionaria as eleições no Brasil.
A partir de 1992, diversos eventos pelo país foram realizados para definir como seriam construídas as "máquinas de votar", como eram conhecidas na época. O ex-secretário aposentado Fonseca explicou que a ideia principal era usar componentes de computadores já disponíveis no mercado, como processadores, para criar um protótipo eficiente.
Com base nesse protótipo, universidades e empresas especializadas desenvolveram a primeira urna eletrônica em 1996, que já se assemelhava ao modelo utilizado nas eleições atuais. Nos anos 2000, o equipamento passou por novas modificações, incluindo teclas mais levantadas e inclinadas para facilitar a digitação, além de melhorias no visor.
Segundo a Missão Integrada de Observação Eleitoral da União Interamericana dos Órgãos Eleitorais (Uniore), o sistema eletrônico de votação brasileiro é considerado seguro e confiável. Apesar disso, em 2002 houve tentativas de reintroduzir o voto impresso, o que acabou sendo descartado após testes, que demonstraram riscos ao processo eleitoral.
Nos últimos 20 anos, o sistema eletrônico passou por aperfeiçoamentos, criando mais de 30 camadas de auditoria e segurança, garantindo a integridade das eleições, como destacou o atual secretário de Tecnologia da Informação, Carlos Henrique Candido.
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