Quinta, 10 de Outubro de 2024 22:15
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Política e Poder Descumpriu decisões

Presidente da Fiemt pede reconsideração de suspensão dos serviços da Starlink no Brasil

Gustavo Oliveira destaca impacto negativo no agronegócio e na saúde de Mato Grosso em carta aberta ao ministro Alexandre de Moraes

12/09/2024 15h53 Atualizada há 4 semanas
Por: Redação Fonte: Página Press
Reprodução
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O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt), Gustavo Pinto Coelho de Oliveira, publicou nesta quinta-feira (12) uma carta aberta nas redes sociais dirigida ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Na mensagem, Oliveira solicita a reconsideração da suspensão dos serviços da Starlink no Brasil, destacando os prejuízos que a medida pode causar à indústria e à economia local.

Gustavo Oliveira reconheceu a importância do cumprimento das leis, mas fez ressalvas sobre situações excepcionais, como o caso da Starlink, que leva conectividade a regiões remotas onde outras operadoras ainda não conseguem alcançar. Ele frisou o papel essencial que a empresa desempenha em Mato Grosso, especialmente para o agronegócio e a saúde, através de serviços de telemedicina.

“A Starlink tem desempenhado um papel crucial em levar conectividade a áreas historicamente desassistidas pela infraestrutura de telecomunicações tradicional. No estado de Mato Grosso, a empresa tem se mostrado uma aliada importante para o desenvolvimento de setores-chave da economia, como a saúde e o agronegócio”, escreveu Gustavo. Ele também destacou o impacto direto sobre o SESI-MT, que utiliza a tecnologia da Starlink para atender trabalhadores em regiões remotas.

Além da saúde, o presidente da Fiemt alertou que a suspensão dos serviços afetaria o funcionamento de máquinas agrícolas, que dependem dos satélites da empresa para se comunicarem com suas centrais de operação e manutenção, gerando prejuízos para o setor produtivo do estado.

A carta foi finalizada com um apelo para que o ministro Moraes leve em consideração todos os fatores antes de suspender os serviços da Starlink, defendendo que é possível conciliar o cumprimento das decisões judiciais com a manutenção de serviços essenciais.

O bloqueio da Starlink ocorreu após o não cumprimento de ordens judiciais e multas relacionadas à suspensão da rede social X/Twitter, ambas pertencentes ao grupo liderado pelo bilionário Elon Musk.

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