Policiais civis cumprem 72 mandados judiciais na manhã desta sexta-feira (1º), em Primavera do Leste, na Operação Dupla Aliança. A ação, coordenada pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) do município, tem como alvo uma associação criminosa investigada por tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. Parte dos mandados também está sendo cumprida em Cuiabá e Várzea Grande.

A Justiça expediu 32 mandados de prisão e 34 de busca, além de bloquear contas bancárias de quatro pessoas físicas e duas empresas. Segundo a Polícia Civil, o nome “Dupla Aliança” faz referência aos principais investigados, um casal que seria responsável por gerenciar a facção criminosa em Primavera do Leste, atuando em conjunto na vida pessoal e no crime.

Início da investigação

A investigação começou em março, quando M.P.A.S., de 23 anos, foi preso em flagrante por tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo. A partir dessa prisão, a Derf identificou uma rede organizada de tráfico, em que cada suspeito desempenhava funções específicas. M.P.A.S. era o responsável pela distribuição de maconha, com a ajuda de sua esposa, C.A., de 22 anos, que cuidava da contabilidade e do envio das drogas para outros traficantes da cidade.

Segundo a polícia, C.A. coordenava o fornecimento de entorpecentes principalmente pelo WhatsApp, onde combinava as vendas e a distribuição em grande escala.

“A investigação mostrou que os envolvidos agem de maneira estruturada, com o tráfico funcionando como o principal meio de vida do grupo”, afirmou o delegado da Derf, Rodolpho Bandeira.

Envolvimento de 34 pessoas

A Polícia Civil identificou 34 pessoas envolvidas direta e indiretamente na organização. Além do tráfico, o grupo também seria responsável pela lavagem de dinheiro. Para isso, utilizavam duas empresas — uma delas em Cuiabá — onde movimentavam o dinheiro do tráfico.

Operação com apoio regional

A Operação Dupla Aliança conta com a participação de policiais civis das regionais de Barra do Garças, Cáceres, Rondonópolis, Cuiabá, Várzea Grande, além da Gerência de Operações Especiais. A polícia ainda busca identificar outros integrantes e deter os suspeitos que ainda não foram localizados.