Mato Grosso alcançou uma posição de destaque no mercado de trabalho ao registrar a menor taxa de desocupação em sua história, consolidando-se como o segundo estado brasileiro com menor índice de desemprego. Apenas 2,3% da população está sem trabalho, equivalente a 45 mil pessoas, enquanto 1,9 milhão estão empregadas. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisados pelo Observatório da Indústria da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt).
No cenário nacional, Mato Grosso fica atrás apenas de Rondônia, que lidera com 2,1% de taxa de desocupação. “Esse resultado reflete o alto crescimento econômico do estado, que gera equilíbrio entre oferta e demanda por postos de trabalho, caracterizando o pleno emprego”, explicou Silvio Rangel, presidente do Sistema Fiemt.
Com uma taxa de desocupação de apenas 1,4%, o norte mato-grossense é a região com mais dinamismo no mercado de trabalho. Municípios como Sinop, Lucas do Rio Verde e Nova Mutum têm atraído grandes indústrias, ampliando as oportunidades de emprego. Um exemplo disso é a Icofort Agroindustrial S/A, que está prestes a inaugurar em Nova Mutum a maior planta industrial de óleo de algodão do país.
A região leste ocupa a segunda posição no ranking estadual, com 1,8% de desocupação, seguida pelo sudoeste com 2,6%.
Apesar do avanço no emprego formal, a informalidade preocupa, com 35,3% da força de trabalho atuando sem registro. Esse índice representa 683 mil pessoas, um aumento em relação ao trimestre anterior. As mulheres registraram a maior alta na informalidade, saltando de 31,8% para 34,1%, enquanto a taxa masculina subiu para 36,3%.
O maior nível de informalidade foi registrado entre pessoas com ensino fundamental incompleto, que somam 55,5% dos trabalhadores informais.
Os homens apresentaram uma taxa de desocupação menor (1,7%) em comparação às mulheres (3,0%). Entre os jovens de 14 a 17 anos, o índice foi o mais alto, com 10,3%. Em relação à etnia, a população parda tem a maior taxa de desocupação (2,5%), seguida por brancos (2,2%) e pretos (1,3%).
Além dos desempregados, Mato Grosso registra 855.596 pessoas fora da força de trabalho, a maioria composta por mulheres (68%). Entre os principais motivos para essa situação estão os afazeres domésticos (27,98%), ser muito jovem ou idoso (23,12%) e questões de saúde ou gravidez (18,41%).
Com indicadores robustos, Mato Grosso se destaca no cenário nacional pelo pleno emprego, fruto de uma economia em expansão e da atração de grandes indústrias. Contudo, o desafio da informalidade e a necessidade de inclusão de mais mulheres no mercado formal continuam sendo pautas importantes para garantir um crescimento sustentável.