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Megaoperação bloqueia R$ 345 milhões e mira organização criminosa no Nortão

Ação nacional investiga grupo ligado ao Terceiro Comando Puro; mandados são cumpridos em Sinop e outros nove estados.

Mizael Duarte
Por: Mizael Duarte Fonte: Página Press
27/11/2024 às 15h21 Atualizada em 29/11/2024 às 10h46
Megaoperação bloqueia R$ 345 milhões e mira organização criminosa no Nortão
Reprodução

Uma pessoa foi presa e quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Sinop, a 500 km ao norte de Cuiabá, na manhã desta quarta-feira (27). A ação faz parte de uma megaoperação nacional voltada ao combate ao tráfico de drogas e à lavagem de dinheiro, crimes relacionados à organização criminosa Terceiro Comando Puro (PCP).

A operação, conduzida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) em parceria com Gaecos de vários estados, incluiu o cumprimento de 106 mandados judiciais em cidades como Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), e Praia Grande (SP), além de municípios em Mato Grosso, Goiás, e Mato Grosso do Sul. Em Sinop, o alvo é suspeito de integrar uma rede complexa de lavagem de capitais com ramificações em diversos estados.

Ação coordenada
O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) auxiliou na operação local, junto à Polícia Judiciária Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e o Sistema Socioeducativo. Segundo o Gaeco mineiro, o esquema investigado movimentava valores oriundos de narcotráfico, com uma estrutura organizada para lavar dinheiro ilícito por meio de empresas e contas bancárias.

“A apuração revelou que a organização criminosa possuía não apenas atividades típicas, como tráfico e porte ilegal de armas, mas também o fornecimento de serviços como sinal de internet, em uma tentativa de ampliar seu controle territorial e financeiro”, informou o MPMG em nota.

Resultados e valores bloqueados
A operação resultou no bloqueio de aproximadamente R$ 345 milhões em contas bancárias, investimentos, imóveis e veículos. Esse montante inclui recursos movimentados por pessoas físicas e jurídicas ligadas ao grupo criminoso.

Durante os dois anos de investigação, os agentes mapearam uma extensa rede que incluía suporte jurídico e ações assistencialistas em comunidades mineiras, reforçando o poder de influência do Terceiro Comando Puro.

Operação nacional integrada
Além de Sinop, as ações ocorreram simultaneamente em estados como São Paulo, Goiás, e Paraná, com apoio de diversas delegacias especializadas, batalhões policiais e equipes de inteligência da Polícia Rodoviária Federal e Polícia Civil.

A operação destaca a importância da cooperação entre estados no combate ao crime organizado e à lavagem de capitais, evidenciando a necessidade de ações contínuas para desmantelar redes criminosas estruturadas.

A investigação segue em andamento, e as autoridades continuam apurando a participação de outros suspeitos.

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