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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de 78 anos, foi submetido a uma cirurgia de emergência na madrugada desta terça-feira (10), no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, para drenagem de um hematoma intracraniano. A intervenção foi necessária após exames identificarem um novo sangramento na região do cérebro, consequência de um acidente doméstico sofrido no dia 19 de outubro, quando Lula caiu no banheiro do Palácio do Alvorada.
De acordo com os médicos responsáveis, Prof. Dr. Roberto Kalil, Dr. Rogério Tuma e Dr. Mauro Suzuki, o quadro do presidente é estável. Ele está consciente, se alimentando e sem sinais de comprometimento neurológico. Lula permanecerá em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pelas próximas 48 horas e, em seguida, será transferido para um quarto hospitalar.
O procedimento realizado, conhecido como trepanação, envolveu a perfuração do crânio para introdução de um dreno e remoção do hematoma, que estava localizado entre o cérebro e a membrana meninge chamada dura-máter. A lesão, de 3 centímetros, estava comprimindo o cérebro, mas foi completamente drenada.
“O presidente evoluiu bem, chegou da cirurgia praticamente acordado. Encontra-se estável, conversando normalmente. Não houve comprometimento cerebral, e o risco de complicações é zero”, afirmou o Dr. Kalil.
Segundo os médicos, o hematoma era uma consequência tardia da queda sofrida por Lula, algo comum em casos de traumas cranianos.
A equipe médica prevê que Lula poderá retornar a Brasília na próxima semana, permanecendo sob acompanhamento por mais algum tempo, como é de praxe em procedimentos neurocirúrgicos. O presidente deverá manter o dreno por mais alguns dias, mas a possibilidade de um novo hematoma é considerada “muito pouco provável”.
Nesta manhã, Lula, acompanhado da primeira-dama Janja Lula da Silva, fez perguntas sobre o procedimento e demonstrou estar atento à evolução de seu quadro.
Novas atualizações sobre o estado de saúde do presidente serão divulgadas na manhã desta quarta-feira (11).
