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Sinop, MT
Está encaminhado o acordo do Mercsoul com a União Europeia. Falta ainda os países membros do bloco europeu ratificarem o acordo em cada um deles. A França se pôs contra o acordo, tem receio da competição de produtos do agro com os que o país produz.
O governo dali vai ainda tentar impedir a conclusão do acordo. É difícil, a maioria quer o acordo. A presidente da União Europeia não iria a Montevidéu para os finalmente dessa integração se não tivesse certeza de que tudo vai ser concluído.
Abre-se um mercado integrado de mais de 700 milhões de pessoas. Se, inventando argumento, 20% da população da unidade econômica europeia comprar bens do Mercosul, Brasil à frente, já seria um mercado enorme. A taxação hoje de algo como 97% dos produtos dos dois lados terá taxação zero. Imagine isso para o agronegócio brasileiro ou até mesmo para alguns setores industriais brasileiros, como etanol e carne industrializada.
Outro dado positivo dessa integração é a competitividade que virá com o agro do Brasil. E mais competição ainda no setor industrial. Com competição os produtos manufaturados daqui terão melhor qualidade. É verdade que alguns setores não aguentarão o tranco da competição europeia na área industrial, mas aqueles que sobreviverem terão produtos agroindústrias cada vez melhores. É outro ponto positivo da integração.Outro dado a ser observado será o governo Donald Trump nos EUA. Fala-se em mais protecionismo, mais taxação aos produtos de outros lugares. A tendência, em tese, seria vender menos para aquele país. Ai a importância do acordo com a União Europeia abrindo um mercado de mais de 400 milhões de pessoas com renda per capita alta.
Será interessante observar como vão reagir os EUA, vendo escapar para outro lugar uma região que tem sido, como se diz, um quintal daquele país. E um lado forte e aliado dos EUA. A Europa é parceira dos EUA, inclusive na área militar, agora e no passado.
Ou quem sabe o governo Trump possa propor também um acordo diferente dos EUA com a Mercosul para tentar minar um pouco essa aproximação da região com os europeus. Claro que essa colocação está no campo da suposição. Mas o acordo com os europeus é visto de forma tão positiva que até ilações dessas aprecem no horizonte.
Para MT essa integração é muito útil, tanto na agropecuária, como na agroindústria. E quem sabe viria da própria Europa investimento em agroindústria daqui para se vender lá.
O governo do estado deveria investir tempo e atenção nos futuros passos dessa integração econômica. Passa a ser também um dos itens políticos no futuro do estado, ser usado até em palanques. E é assunto quente para a área internacional do governo do estado.
MT terá esse mercado com taxação zero em tantos produtos e ainda a China que praticamente “adotou” MT como parceiro.
Para finalizar, quem diria que o Mercosul iria chegar onde chegou. É que integração econômica anterior na América Latina, como a Alalc, Associação Latino Americana de Livre Comercio, foi um grande fracasso. O Mercosul contornou os erros do passado e mostra outra realidade de uma integração econômica.
