Na noite desta sexta-feira (3), o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), decretou situação de calamidade financeira no município. A decisão foi publicada em edição extra da Gazeta Municipal e visa enfrentar o grave desequilíbrio nas finanças da cidade.

Medidas emergenciais

Com vigência de 180 dias, o decreto permite a adoção de medidas para cortar despesas, renegociar dívidas e buscar recursos externos. Entre as ações previstas estão:

• Redução de 40% nos cargos comissionados para diminuir os gastos com a folha de pagamento;
• Revisão e suspensão de contratos e licitações em curso, especialmente os relacionados à aquisição de bens, obras e serviços;
• Auditoria em contratos de tecnologia, com previsão de cortes que podem alcançar R$ 300 milhões ao longo de um ano.

Situação crítica

Segundo Brunini, a situação exige decisões drásticas. "Se pagarmos as duas folhas no mesmo mês, não teremos recursos para a saúde e outros serviços essenciais", afirmou. O prefeito destacou que os pagamentos serão feitos assim que houver recursos suficientes, priorizando áreas como saúde, educação, fornecimento de medicamentos e serviços essenciais.

A contenção de despesas será o foco da gestão. "Nosso objetivo é pagar os fornecedores e os profissionais que mantêm o município funcionando. Não queremos atrasar ou escalonar a folha de pagamento", completou.

Impacto e fiscalização

O decreto reflete a gravidade da crise financeira enfrentada pela administração municipal, que busca medidas para estabilizar as contas sem comprometer os serviços essenciais à população. As auditorias e cortes em contratos de tecnologia demonstram o esforço para eliminar despesas consideradas excessivas.

A situação será monitorada de perto nos próximos meses, com a expectativa de que a reestruturação das finanças municipais permita retomar a estabilidade econômica em Cuiabá.