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Soja nos portos brasileiros inicia 2025 com preços acima de R$ 140 por saca

Alta do dólar impulsiona valores no mercado nacional, apesar da pressão em Chicago e prêmios negativos em algumas posições.

Redação
Por: Redação Fonte: Página Press
04/01/2025 às 19h42 Atualizada em 07/01/2025 às 10h13
Soja nos portos brasileiros inicia 2025 com preços acima de R$ 140 por saca
Reprodução

O mercado de soja no Brasil começou 2025 com preços atrativos nos portos, marcando valores superiores a R$ 140 por saca, segundo informações do consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting. Nos primeiros dias úteis do ano, os preços oscilaram entre R$ 137,00 (posição maio) e R$ 146,00 (posição agosto), com o suporte vindo principalmente da valorização do dólar frente ao real.

Cenário favorável ao produtor

De acordo com Brandalizze, a conjuntura atual é mais favorável do que a do início de 2024, quando os preços nos portos estavam abaixo de R$ 130,00 e, no interior, chegaram a menos de R$ 100,00 por saca. "Hoje, no interior do Brasil, os preços estão entre R$ 105,00 e R$ 110,00, representando um aumento de R$ 12,00 a R$ 15,00 em relação ao mesmo período do ano passado. A valorização do dólar beneficia o produtor, que já consolidou seus custos em reais", explicou.

Safra recorde e logística desafiadora

O Brasil deve colher uma safra robusta de mais de 170 milhões de toneladas neste ciclo, das quais aproximadamente 60 milhões já foram comercializadas. Apesar disso, Brandalizze alerta para a necessidade de cautela na comercialização, especialmente devido à logística brasileira, que pode enfrentar gargalos significativos durante os períodos de pico de oferta.

Pressão em Chicago

Na Bolsa de Chicago, os futuros da soja registraram quedas acentuadas nesta sexta-feira (3), com desvalorizações entre 18,50 e 21,25 pontos nos contratos mais negociados. O contrato de janeiro fechou em US$ 9,81 e o de maio em US$ 10,03 por bushel.

As baixas refletem, em parte, uma melhora nas previsões climáticas para a Argentina e ajustes após altas recentes. "O mercado ainda está sob fundamentos baixistas, atentos à safra recorde no Brasil, ao clima na América do Sul e às incertezas políticas nos EUA, com o início do segundo mandato de Donald Trump e as implicações para as relações comerciais com a China, maior importadora global de commodities", completou o consultor.

O cenário reforça a importância do planejamento estratégico para os produtores brasileiros, que enfrentam um mercado desafiador, mas com boas oportunidades impulsionadas pela alta do dólar.

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