O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), criticou o excesso de burocracia no Brasil e afirmou que esse foi um dos fatores responsáveis pelo atraso no início da obra de retaludamento no trecho conhecido como Portão do Inferno, na rodovia MT-251, em Chapada dos Guimarães.
A região foi classificada como área de risco após deslizamentos de terra registrados desde dezembro de 2023, durante o período chuvoso. Para solucionar o problema, o Governo do Estado propôs a obra em março, mas a licença ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foi concedida apenas em junho, com uma série de condicionantes.
“Gostaríamos de ter resolvido isso muito antes, mas tivemos que pedir um licenciamento ao Ibama, que demorou muito. Quando a licença saiu, veio com exigências que demandaram um tempo gigantesco. E, quando tudo estava pronto para iniciar, já havia começado o período chuvoso novamente”, afirmou Mendes em entrevista à Rádio Vila Real.
Entre as exigências impostas pelo Ibama estava o resgate da fauna e da flora na área, medida que precisou ser realizada antes do início efetivo da obra. Atualmente, a empresa Lotufo Engenharia e Construções Ltda, responsável pelos trabalhos, avança de forma lenta na execução do projeto devido ao risco provocado pelas chuvas.
A situação tem causado transtornos no trânsito para motoristas que trafegam pela rodovia que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães. No entanto, o governador garantiu que a obra será concluída até 2025.
“A empresa foi contratada para executar esse serviço dentro do prazo. No período de chuva, é muito difícil, ou quase impossível, realizar esse tipo de trabalho, pois aumenta o risco da execução”, disse Mendes.
Apesar das dificuldades, o governador ressaltou que o Estado precisa cumprir a legislação ambiental vigente e que os estudos seguem em andamento para garantir a execução segura do projeto.