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Mulher que matou jovem grávida para roubar bebê procurava gestantes nas redes sociais

Nataly Helen Martins Pereira, presa em Cuiabá, tentava convencer grávidas a “doar” recém-nascidos antes de cometer o crime.

Por: Redação Fonte: Página Press
16/03/2025 às 23h13 Atualizada em 21/03/2025 às 22h54
Mulher que matou jovem grávida para roubar bebê procurava gestantes nas redes sociais
Reprodução

Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos, presa pelo assassinato da adolescente Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, procurava gestantes nas redes sociais antes de cometer o crime. A informação foi confirmada pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) durante as investigações. Emilly, que estava no nono mês de gestação, foi morta na última quarta-feira (12), em Cuiabá, para que seu bebê fosse roubado.

Nessa sexta-feira (14), Nataly passou por audiência de custódia e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. À Polícia Civil, ela confessou ter cometido o crime sozinha, alegando que sofreu dois abortos espontâneos e desejava ficar com o bebê.

Procurando vítimas nas redes sociais

Vídeos obtidos pela TV Centro América mostram que Nataly tentava contato com gestantes pela internet, oferecendo-se para "adotar" bebês. Em uma das conversas, ela sugeriu que o filho seria para uma suposta amiga que "não podia engravidar".

"Queria ver com você se conhece alguma gestante que não pode cuidar do bebê e queira doar", disse Nataly em um dos áudios. Em outra mensagem, ela explicou que uma grávida anterior desistiu da doação porque "não fez acompanhamento médico".

Crime planejado e execução brutal

Emilly desapareceu na terça-feira (12) após sair de casa, em Várzea Grande, para buscar doações de roupas na residência de Nataly, no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá. O corpo da adolescente foi encontrado em uma cova rasa com sinais de enforcamento e cortes no abdômen.

Segundo o perito Jacques Trevizan, Emilly ainda estava viva quando teve o bebê retirado. Sacolas plásticas foram usadas para abafar seus gritos, e a causa da morte foi hemorragia severa. A diretora de Medicina Legal, Alessandra Carvalho Mariano, afirmou que o corte foi preciso e feito por alguém com conhecimento técnico.

Nas redes sociais, Nataly se apresentava como bombeira civil e socorrista. A polícia investiga se ela teve ajuda no crime e determinou exames de DNA para confirmar se os três filhos da suspeita são, de fato, seus filhos biológicos.

Tentativa de registro do bebê levou à prisão

No dia seguinte ao crime, Nataly foi até o Hospital Santa Helena, em Cuiabá, tentando registrar o recém-nascido como seu filho. A equipe médica suspeitou da história e acionou a polícia. Após exames confirmarem que Nataly não havia dado à luz, ela foi detida junto ao marido.

O bebê foi entregue à avó materna e está sob cuidados médicos. O delegado Caio Albuquerque destacou que há indícios de luta corporal antes do crime e que Emilly tentou se defender. O caso segue em investigação.

Á vítima Emilly Azevedo Sena, de 16 anos.

 

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