Em entrevista à Jovem Pan News, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, criticou duramente a postura dos países desenvolvidos em relação às mudanças climáticas. Segundo Mendes, essas nações têm ampliado a emissão de gases poluentes, agravando o aquecimento global, ao mesmo tempo em que pressionam o Brasil com cobranças sobre desmatamento zero — sem distinguir entre práticas legais e ilegais.
“Os países desenvolvidos continuam aumentando a queima de carvão, aumentando a queima de combustíveis fósseis e querendo que o Brasil e alguns países paguem essa conta”, afirmou o governador, destacando a contradição do discurso internacional.
Mauro Mendes também demonstrou ceticismo em relação à próxima Conferência Internacional do Clima (COP), que será realizada em Belém (PA) este ano. Para ele, os encontros têm sido marcados por promessas não cumpridas e discursos vazios: “Eu não fui na última COP, de tanta frustração. Já fui em várias, mas é muita conversa fiada, muito país falando coisas que nunca fizeram. Desde a Rio 92 já foram feitas 29 COPs. Prometeram bilhões, e não colocaram nada”.
O governador ressaltou que o Brasil não deve ser tratado como vilão ambiental e não pode arcar sozinho com o ônus da preservação do planeta, recebendo apenas “migalhas” em troca. Ele também criticou o funcionamento do mercado de crédito de carbono, dizendo que “é igual perna de saci-pererê. Todo mundo fala, mas pouca coisa aconteceu”.
“Não quero saber de esmola de país para vir meter o dedo na nossa cara e dizer o que nós temos que fazer. Nós temos que preservar sim, porque nós temos a consciência da importância da floresta amazônica, dos nossos biomas, e a importância disso para o clima. Não para receber migalhazinha de dinheiro que nem o Brasil e nem o meu estado está no tempo mais de viver de esmola de ninguém”, concluiu Mendes.
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