Uma fábrica clandestina de bebidas destiladas, instalada no bairro Jardim dos Estados, em Várzea Grande, foi interditada na tarde desta quinta-feira (16) em uma operação conjunta da Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), e da Vigilância Sanitária do município. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) apoiou os trabalhos.
O proprietário do local foi preso e será autuado em flagrante por crime contra a saúde pública de falsificação e adulteração de bebidas alcoólicas, cuja pena varia de quatro a oito anos de reclusão, além de multa.
A ação foi desencadeada após denúncias anônimas recebidas pelo Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) através do disque-denúncia da Polícia Civil (197), que apontavam o envasamento de bebidas alcoólicas falsificadas no galpão da fábrica.
No local, os agentes encontraram mais de 500 garrafas vazias, mais de 30 rolos de rótulos de marcas conhecidas, três bombonas com mil litros de aguardente e diversos produtos químicos e naturais usados para dar aroma e cor às bebidas. Todo o material foi apreendido e encaminhado à Politec para análise laboratorial, a fim de verificar a presença de metanol ou outras substâncias tóxicas.
Segundo o delegado Rogério Ferreira, da Decon, as bebidas poderiam ser facilmente confundidas com produtos originais, representando sério risco à população. “É um crime grave, uma vez que o reenvase de bebidas alcoólicas falsificadas é normalmente realizado em condições sanitárias precárias, podendo causar doenças estomacais, cegueira e até mesmo a morte de quem consome o produto”, alertou o delegado.
O local foi interditado pela Vigilância Sanitária e o proprietário conduzido à Decon para registro do flagrante.
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