Prefeito de Cuiabá sanciona lei que reorganiza pagamento de insalubridade a servidores

Regras foram alteradas após diálogo com Ministério Público e limitam pagamento a 10%, 20% ou 40% do salário-base da classe inicial da carreira. Medida visa atender exigências da Justiça.

Reprodução

O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), sancionou a Lei Complementar 579/2025, que estabelece novas regras para o pagamento do adicional de insalubridade aos servidores lotados na Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A nova lei foi publicada na edição suplementar da Gazeta Municipal.

A aprovação da medida pelos vereadores ocorreu após um diálogo entre o Executivo, servidores públicos e o Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT).

Como Fica o Cálculo

Pela nova regra, o adicional de insalubridade será calculado com base no salário-base correspondente à classe A (inicial) da carreira do servidor, observando a progressão vertical alcançada.

Os percentuais de pagamento foram fixados nos seguintes graus:

  • Grau mínimo: 10%
  • Grau médio: 20%
  • Grau máximo: 40%

Para ter direito ao adicional, a atividade do servidor precisa estar classificada como insalubre na relação oficial do Ministério do Trabalho e Emprego. A lei estabelece que o pagamento será suspenso caso um laudo técnico comprove que as condições insalubres foram eliminadas ou neutralizadas.

Além disso, o adicional não será incorporado ao vencimento do servidor nem será pago em períodos de afastamento, licença ou ausência.

O Entendimento do MP

A mudança na legislação ocorreu após o Ministério Público ter notificado o Executivo em 11 de setembro. O MP alertava que o pagamento do adicional estava comprometendo as finanças do Sistema Único de Saúde (SUS) devido à vigência de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

O Ministério Público apontou que os pagamentos estavam sendo autorizados sem critérios definidos e causavam prejuízos aos cofres públicos, estimados em R$ 4,1 milhões mensais, podendo chegar a R$ 48 milhões por ano.

Ao sancionar a nova lei, a Prefeitura de Cuiabá afirmou que agiu para atender às exigências da Justiça e cessar ilegalidades, valorizando os servidores e garantindo a legalidade e transparência na gestão dos recursos.

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