Fux pede revisão de voto no caso Bolsonaro antes de acórdão ser publicado

Ministro foi o único a votar contra a condenação do ex-presidente, que recebeu pena de 27 anos e 3 meses por trama golpista. Publicação oficial do resultado tem prazo final em 23 de novembro.

Fux pede para revisar voto antes da publicação de acórdão do julgamento de Bolsonaro. Foto: wilton Junior/ Estadão

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, solicitou na última semana a revisão do seu voto no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, referente à trama golpista. O pedido foi feito antes de o conteúdo final ser incluído no acórdão do caso.

A informação foi confirmada pelo Estadão, após ser divulgada pela Folha de S.Paulo. Fux já havia enviado sua posição, mas optou por revisá-la antes da publicação oficial.

Entenda o acórdão

O acórdão é o documento oficial que formaliza a decisão do tribunal. Ele reúne a íntegra de todos os votos dos ministros, incluindo justificativas e argumentos que podem não ter sido lidos durante a sessão.

A publicação deste documento é crucial, pois marca o início do prazo para que as defesas dos réus apresentem recursos, contestem a decisão ou solicitem medidas aos ministros. Além disso, o cumprimento das penas impostas depende da sua publicação.

Pelo regimento do STF, o acórdão deve ser disponibilizado em até 60 dias após a aprovação da ata da sessão, que ocorreu em 24 de setembro. Dessa forma, o prazo final para a publicação do documento é 23 de novembro deste ano.

O resultado do julgamento

No julgamento do chamado “núcleo 1” da trama golpista, Luiz Fux foi o único a divergir da maioria. Ao final da sessão, Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão.

Os outros sete réus no processo também foram considerados culpados, com penas que variaram entre 2 e 26 anos de prisão.

Com a publicação do acórdão, as defesas terão um prazo de 15 dias para tentar reverter o resultado por meio de recurso. Contudo, o entendimento do Supremo costuma admitir esse tipo de recurso apenas quando há ao menos dois votos pela absolvição, o que, em tese, não se aplica a este caso, já que Bolsonaro e os demais réus obtiveram apenas um voto favorável à absolvição (o de Fux).

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