Servidores do Ministério Público em MT protestam por reajuste salarial e ameaçam greve

Categoria cobra paridade com o Judiciário, correção inflacionária e inclusão de reajuste anual de 8% no orçamento

Divulgação

Servidores do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso realizaram um protesto na tarde desta quinta-feira (2), em frente à sede da Procuradoria da República, em Cuiabá. O ato integra uma mobilização nacional da categoria, que prevê paralisação das atividades no dia 16 de outubro e possibilidade de greve por tempo indeterminado.

Segundo o Sindicato Nacional dos Servidores do MPU, CNMP e ESMPU (SindMPU), a principal reivindicação é a concessão de reajuste salarial de 24% ao longo dos próximos três anos, dividido em parcelas anuais de 8%. O modelo, conhecido como “8+8+8”, já foi aprovado para o Poder Judiciário, mas não foi incluído no orçamento do Ministério Público da União (MPU).

Keila Rodrigues do Prado, diretora executiva do SindMPU em Mato Grosso, afirmou que a mobilização busca garantir valorização e igualdade de tratamento entre carreiras.
— Entre as principais pautas está a paridade com os servidores do Judiciário, uma vez que as funções desempenhadas são equivalentes, mas as condições salariais e benefícios seguem desiguais — declarou.

De acordo com o sindicato, os servidores também reivindicam a correção da defasagem inflacionária acumulada, a atualização do adicional de qualificação e melhores condições de trabalho. Ainda segundo Keila, a ausência de reajuste tem provocado desmotivação, adoecimento mental e saída de profissionais para outros concursos.

Marcelo Dantas Ribeiro, diretor de comunicação do SindMPU, destacou que o movimento nacional tem como objetivo abrir um canal efetivo de diálogo.
— Se não houver resposta, o indicativo é de greve por tempo indeterminado — afirmou.

Principais reivindicações da categoria:

  • Paridade com o Judiciário: equiparação de funções e benefícios;

  • Reposição salarial: correção da defasagem inflacionária, estimada em 32%;

  • Valorização do adicional de qualificação: incentivo à formação e capacitação;

  • Melhores condições de trabalho: infraestrutura e dimensionamento de equipes;

  • Inclusão do reajuste “8+8+8”: previsto no orçamento do Judiciário, mas não contemplado no MPU.

O Ministério Público da União ainda não se manifestou sobre as reivindicações.

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