Paraná atinge safra recorde de grãos com 46,3 milhões de toneladas, diz Deral

O Paraná deve encerrar a safra 2024/2025 com a colheita recorde de 46,3 milhões de toneladas de grãos. A marca histórica supera a produção do ciclo 2022/2023 (45,48 milhões de toneladas) e fica bem acima do resultado da safra 2023/2024 (38,48 milhões de toneladas).

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (25) no Boletim de Safra do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento.

O resultado recorde se deve, principalmente, ao bom desempenho das culturas de verão, com destaque para a soja (21 milhões de toneladas), o milho (20,4 milhões de toneladas) e o feijão (841 mil toneladas).

Culturas de Inverno em andamento

O número final da safra ainda depende da conclusão da colheita das culturas de inverno. Até o momento, apenas 41% da área de trigo foi colhida, mas com alta produtividade.

O rendimento médio do trigo alcançou 3.258 quilos por hectare (kg/ha), um aumento significativo em comparação com os 2.139 kg/ha do ciclo anterior. A cevada também teve um salto, passando de 3.841 kg/ha para 4.333 kg/ha.

“As últimas chuvas colaboraram para que essas produtividades pudessem ser alcançadas”, informou Hugo Godinho, chefe da Divisão de Conjuntura do Deral, destacando que, se o clima continuar favorável, a safra recorde está assegurada.

O secretário estadual da Agricultura, Marcio Nunes, comemorou o resultado, afirmando que ele reforça a posição do Paraná como “supermercado sustentável do mundo” e um estado que exporta sustentabilidade.

Próxima safra: 25/26

As previsões continuam positivas para a próxima safra de verão (2025/2026). As chuvas recentes umedeceram o solo e o plantio deve se intensificar nos próximos dias.

A expectativa inicial do Deral é que o Paraná produza 25,7 milhões de toneladas na próxima safra de verão, tendo a soja como principal cultura, com estimativa de 21,9 milhões de toneladas.

Na comparação nacional, o Paraná se mantém como o segundo principal produtor de grãos do Brasil, com 13,3% do mercado, atrás apenas do Mato Grosso (32,4%).