Abilio Brunini causa reação ao comparar salários de servidores e auxiliares de enfermagem

Declaração foi feita durante reunião com servidores da Saúde sobre adicional de insalubridade; profissionais protestaram contra o comentário

Reprodução

Durante uma conversa com servidores da Saúde, realizada nessa segunda-feira (14), na Praça Alencastro, em frente à Prefeitura de Cuiabá, o prefeito Abilio Brunini (PL) causou reação ao afirmar que auxiliares de enfermagem — cargo que, segundo ele, está em extinção — recebem salários superiores a R$ 12 mil.

O encontro tinha como objetivo discutir o pagamento do adicional de insalubridade, conforme o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a Prefeitura e o Ministério Público Estadual (MPE).

A fala do prefeito gerou protestos entre os profissionais presentes, que interpretaram a declaração como uma crítica ao salário da categoria. Abilio rebateu dizendo que não questionou o merecimento dos valores recebidos.

Durante o debate, um servidor pegou o microfone e respondeu ao prefeito:
Merece ver o promotor lá do Ministério Público ganhar R$ 40 mil mais R$ 30 mil de verba indenizatória, auxílio-paletó? Merece o prefeito ganhar R$ 20 mil reais, não sei quanto?

Em resposta, Abilio elevou o tom:
Como que você questiona se um servidor público consegue, na sua progressão de carreira, ganhar mais de 12, 15 mil reais? Mas quando é um promotor de Justiça, você quer achar ruim ele ganhar mais porque passou no concurso? Você quer achar ruim um juiz ganhar mais porque passou no concurso para juiz?

O prefeito também comentou a preocupação de servidores em perder o prêmio saúde por afastamentos médicos. Ele afirmou que o tema vem sendo mal interpretado.

Algumas pessoas chegaram até a falar o absurdo: ‘Ah, mas se eu apresentar três atestados, eu perco’. Gente, quem está preocupado em três atestados? Ninguém está focando nisso. O foco não é esse”, declarou.

Abilio finalizou dizendo que o objetivo da gestão é buscar uma forma de compensar as perdas com o adicional de insalubridade e negou qualquer intenção de cortar o benefício.

A insalubridade será paga assim como a lei predefine que ela deve ser paga. Ninguém está dizendo que não vai pagar. A insalubridade é uma lei e nós vamos cumpri-la”, concluiu.

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