Sessão de Câmara Municipal termina em confusão entre vereadoras e intervenção de ex-secretário

Pai da vereadora Monnize Costa tentou subir à tribuna após discussão entre parlamentares durante leitura do relatório da CPI da AME

Reprodução

A sessão da Câmara Municipal de Diamantino (a 209 km de Cuiabá) terminou em tumulto e troca de acusações na noite desta segunda-feira (13). O episódio envolveu a vereadora Dra. Monnize Costa (União), relatora da CPI que investiga contratos da Associação Médica Especializada (AME), e a vereadora Michelle Carrasco (União). A confusão aumentou quando o ex-secretário de Estado Eder de Moraes, pai de Monnize, tentou subir à tribuna para defender a filha.

O conflito começou após a leitura do relatório final da CPI, que citava Michelle Carrasco por supostas ligações com a AME. Inconformada, a vereadora negou qualquer envolvimento e reagiu de forma contundente.

“Eu nunca tive parente na Prefeitura, nem no hospital. Nunca prestei serviço por meio de empresa. São provas rasas e infundadas ao meu respeito. Eu desafio alguém a mostrar que pedi algo ilícito”, afirmou Michelle, que também criticou o histórico político da família de Monnize, o que elevou a tensão no plenário.

Em resposta, Monnize Costa defendeu o trabalho da CPI e disse que as denúncias serão apuradas nas instâncias competentes.

“A CPI cumpriu seu papel. Quanto a processos, cada um responde por seu CPF e pelos seus atos”, rebateu.

A parlamentar também alegou que sua honra e a de sua família foram ofendidas durante a fala da colega.

A discussão se intensificou quando Michelle mencionou matérias jornalísticas sobre Eder de Moraes e sobre Monnize, incluindo o processo de cassação de mandato que a vereadora enfrentou em julho, por suposto caixa dois e abuso de poder econômico nas eleições de 2024.

Nesse momento, Eder de Moraes tentou intervir aos gritos, alegando ter sido citado e exigindo o direito de defesa.

“Foi ferido o regimento interno a partir do momento em que a vereadora ataca quem está na plateia. Eu tenho direito de usar a tribuna para defender a minha honra”, afirmou.

O ex-secretário chegou a tentar subir à tribuna, mas foi impedido pelo presidente da Câmara, Ranielli Patrick Arruda Lima (PL), que suspendeu a sessão.

“O senhor tem todo o direito de se defender, mas precisa protocolar um requerimento para a Mesa Diretora deliberar. Pedimos respeito e que o senhor se contenha”, declarou o presidente antes de encerrar momentaneamente os trabalhos.

A sessão será retomada após análise da Mesa Diretora sobre os requerimentos e eventuais medidas regimentais relacionadas ao episódio.

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